O Fórum Nacional de Mulheres das Centrais Sindicais (FNMT), se une à população carioca, em especial às mulheres, companheiras e companheiros de militância, na profunda indignação e tristeza com o assassinato brutal da vereadora feminista e ativista social pelos direitos humanos, Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista, Anderson Pedro Gomes, na noite desta quarta-feira, na região central do Rio de Janeiro.
A seus familiares e amigas/os, manifestamos nossa solidariedade e respeito a sua dor. O Estado de Exceção e a quebra da democracia no País com o golpe de 2016, somados à recente intervenção militar na cidade do Rio de Janeiro, tem potencializado a violência social, contra a população pobre, preta e periférica, que em sua grande maioria é composta por mulheres trabalhadoras.
Solidários à família, às/aos companheiras/os, o assassinato de Marielle, mulher, negra e favelada, nos mostra o objetivo do golpe e a maneira como são tratadas àquelas e àqueles que lutam contra a violência do Estado e em defesa dos direitos humanos.
Marielle dava voz à população silenciada pela violência cotidiana. Recentemente havia assumido a relatoria da comissão de direitos humanos e vinha denunciando o abuso de autoridade e a violência praticada por parte da política militar do Rio, contra os moradores de Acari.
Neste momento, assim como já ocorreu antes, em que o autoritarismo age sem qualquer limite e avança sobre a sociedade, a resistência e a luta é a única saída. Somamos-nos ao Grupo Tortura Nunca Mais em defesa da Vida e pela Paz e convocamos a todas e todos a levantarem-se contra a tentativa de institucionalização da violência.
Exigimos uma investigação rápida, rigorosa, imparcial e transparente do assassinato com a punição dos culpados, bem como a devida proteção às demais lideranças populares que defendem a democracia e os direitos humanos.
Em defesa do Estado Democrático e de Direito, com Força e Coragem, Resistiremos!!
Fonte: CTB