O ano de 2017 foi marcado por uma série de ataques por parte dos golpistas contra os direitos dos trabalhadores. Dentre as várias medidas, estão, por exemplo, a reforma trabalhista que na prática pôs abaixo a CLT, um ataque sem precedentes a uma conquista de várias décadas da classe operária brasileira. Além da CLT, os golpistas atacaram também o salário mínimo, o “reajuste”, que na realidade foi uma diminuição do ganho dos trabalhadores é o menor dos últimos 24 anos.
Apesar da ofensiva da direita contra os trabalhadores, os golpistas não conseguiram aprovar um dos seus principais objetivos durante todo o ano, a reforma da Previdência, a qual visa destruir a aposentadoria de milhares de trabalhadores. Apesar de todo esforço dos golpistas, de todo o dinheiro gasto no pagamento de propina para deputados da base aliada, dos inúmeros jantares feitos por Temer com ministro e deputados, com toda a chantagem, a reforma da previdência não passou em 2017.
A principal resistência no momento encontra-se dentro do próprio Congresso, os próprios deputados golpistas opõem uma certa resistência a aprovação do projeto, uma vez que por abaixo direito e aposentadoria de toda a população significa a morte política do ponto de vista eleitoral. Preocupados única e exclusivamente com seus cargos, os deputados golpistas não querem entregar seus pescoços.
O movimento de luta contra o golpe, a classe trabalhadora e os setores populares e democráticos de um modo geral ainda estão na defensiva diante dos ataques devido, principalmente, a uma orientação política equivocada das direções que não denunciam o golpe e não procuram mobilizar a população a partir desse ponto de vista. A próxima data para uma possível votação está marcada para o dia 19 de fevereiro. Os golpista já agem de todas as formas para chantagear e pressionar deputados, governadores, todo o congresso para conseguir a aprovação em benefício dos grandes capitalistas internacionais.
Nesse sentido é necessário intensificar a mobilização popular, não apenas contra a reforma da previdência, mas contra o golpe de estado, que é causa de todos os ataques. É necessário ampliar a formação dos comitês de luta contra o golpe, ir às fábricas, aos bairros populares e chamar a população à derrotar os golpistas.
Fonte: Causa Operária