Frustrando a expectativa de centenas de dirigentes sindicais, muitos deles vindos do interior do Estado, o reajuste do Mínimo Regional não foi votado nesta terça-feira (11/4). O salário que tem como data-base 1º de fevereiro teve sua decisão mais uma vez protelada. Contudo, o assunto deve se definir na próxima semana, quando passa a trancar a pauta de votações da Assembleia Legislativa.
Apesar da surpresa da não votação do tema, dirigentes sindicais da CTB-RS, entre eles o presidente da Central, Guiomar Vidor, aproveitaram a presença na Casa para falar com deputados e acertar detalhes da emenda, proposta pelas entidades que representam trabalhadores, que visa buscar reajuste para que ao menos a inflação acumulada dos últimos dois anos seja contemplada no projeto de lei.
O Governo do Estado encaminhou para Assembleia um PL com reajuste de 6,48% de reajuste ao Mínimo de 2017. Enquanto as centrais sindicais reivindicavam 10,45%, com base em cálculos dos Dieese, que objetivava recuperar perdas dos últimos anos. A emenda surgiu como uma alterativa para manter o poder de compra dos trabalhadores gaúchos. “O Mínimo tem uma importância estratégica, representando mais de 1,3 milhão de trabalhadores, sendo um importante instrumento de distribuição de renda e de melhoria da qualidade de vida dos gaúchos. Não podemos aceitar que ele sofra desvalorização”, defendeu Vidor.
Assinada pelo deputado Elton Weber (PSB), a emenda fixa as faixas salariais em:
Faixa I – R$ 1.193,01
Faixa II – R$ 1.220,47
Faixa III – R$ 1.248,16
Faixa IV – R$ 1.297,46
Faixa V – R$ 1.511,88
Esses valores só serão confirmados caso os deputados aprovem o projeto de lei do Governo e a emenda. Precisando ainda ser sancionado pelo Governador Sartori.
Fonte: CTB-RS